ANÁLISE ESPACIAL E TEMPORAL DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NO MUNICÍPIO DE MARABÁ-PA: IMPLICAÇÕES PARA O ACOMPANHAMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

SPATIAL AND TEMPORAL ANALYSIS OF ARTERIAL HYPERTENSION IN THE MUNICIPALITY OF MARABÁ-PA: IMPLICATIONS FOR MONITORING IN PRIMARY HEALTH CARE

Autores

  • Bruno Barros ANCHIETA Unifesspa
  • Elivelton da Silva FONSECA Unifesspa
  • Ana Cristina Viana CAMPOS Unifesspa

DOI:

https://doi.org/10.59974/1984-8153.2025.267

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Programas Nacionais de Saúde, Hipertensão, Saúde Coletiva

Resumo

Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 milhões de pessoas hipertensas não são tratadas, sendo que poderia ser facilmente identificada e monitorada pela aferição da pressão arterial (PA) e o tratamento medicamentoso de baixo custo. Objetivo: Descrever a proporção de pessoas com hipertensão atendidas em consulta e com pressão arterial (PA) aferida nos quadrimestres de 2022, no município de Marabá-PA, conforme o sexto indicador do Programa Previne Brasil. Métodos: Estudo ecológico com abordagem quantitativa descritiva e representações espaciais, utilizando dados secundários do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). Foram examinadas as proporções de usuários hipertensos por condição avaliada e autorreferida, além de dados sobre consultas e aferição de PA, estratificados por faixa etária e localidade. Resultados: Em 2022, 67,10% dos usuários hipertensos não realizaram consultas individuais, e 57,35% não tiveram aferição de PA. A hipertensão foi mais prevalente na faixa etária de 20 a 59 anos, correspondendo a 50,7% dos casos, seguida por 39,56% entre idosos de 60 a 79 anos. Crianças e adolescentes de 0 a 19 anos representaram 2% dos casos. A análise de tendência linear revelou alta consistência na identificação de hipertensos por condição avaliada (R²=0,998) e autorreferida (R²=0,962). Diferenças entre áreas urbanas e rurais foram observadas, com menor acesso a consultas e procedimentos em zonas rurais. Conclusão: A baixa proporção de consultas e aferições de PA indica lacunas no acompanhamento de hipertensos, principalmente entre os mais jovens. Estratégias preventivas e de conscientização devem ser fortalecidas para ampliar o acesso e garantir cuidados contínuos, especialmente nas faixas etárias mais atingidas.

Biografia do Autor

Bruno Barros ANCHIETA, Unifesspa

Bacharel em Saúde Coletiva. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Elivelton da Silva FONSECA, Unifesspa

Doutor em Geografia, Produção do Espaço Geográfico. Professor da Faculdade de Geografia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Ana Cristina Viana CAMPOS, Unifesspa

Doutora em Saúde Coletiva. Professora da Faculdade de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

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Publicado

2025-12-03